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"A habilidade de alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de GENIALIDADE"

- Sun Tzu, A Arte da Guerra.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Bom Dia, Amigos!

Inseri essa postagem devido ao cumprimento de uma tarefa no meu curso de pós-graduação em Coordenação Pedagógica, pela Escola do Objetivo.
O assunto em questão é a interdisciplinaridade na escola.
No caso, utilizo algumas operações de matemática em alguns jogos de quadra.
Abaixo temos um jogo de apoio da Escolinha de Futsal do Colégio Objetivo - Unidade Itatiba, onde os jogadores antes de executar a ação motora têm que pensar, resolvendo uma questão feita pelo professor.
Eis aqui uma verdadeira situação-problema, ocasionando a reflexão dos alunos/jogadores.
A garotada gosta muito!!!


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Copa do Mundo: Continuidade é a solução?

Muitos defendem a permanência do treinador Tite na Seleção Brasileira. O principal argumento é de que fez uma excelente campanha nas eliminatórias para a Copa da Rússia. Comparando seu trabalho com o do seu antecessor, houve realmente sensível evolução. A equipe teve novas atitudes e diferentes posturas táticas dentro do campo de jogo. E fora, pode-se notar uma equipe mais unida, buscando resultados positivos.
Para colaborar com esse marketing positivo, o trágico 7 a 1 em 2014 e a campanha irregular de Dunga, seu antecessor nas eliminatórias, supervalorizou o trabalho de Tite. Na verdade, poderia arriscar em dizer que o camuflou.
Cá entre nós, vencer adversários como Bolívia, Paraguai, Venezuela e até mesmo uma Argentina “medonha” não é parâmetro para vislumbrar qualquer sonho de um hexacampeonato.
Além disso, não ouvi nenhum jornalista ousar questionar o trabalho de Tite, o Intocável. Foram poucos os que indagaram se havia privilegiado alguns jogadores com quem havia trabalhado nos tempos de Corinthians. “Não!” Dizia o treinador. “Isso significa privilégio e isso não existe na minha gestão!”. Será?
Concordando ou não com ele, o que não podemos esquecer é o grande vazio estratégico que surgiu quando, ao olhar para o banco de reservas e ver.. ninguém.
Ninguém que pudesse mudar o rumo de uma partida. Ah, tinha o  Firmino, mas a teimosia não permitiu ao treinador fazer a alteração mais sensata da seleção.
Além de outras, claro, como a permanência de Felipe Luis na lateral, que vinha atuando muito bem. E formalizar um veto à Fernandinho, numa segunda péssima copa do mundo.
Continuidade no trabalho? Em que sentido?
O trabalho fora feito e sem atingir o sucesso que esperávamos. Mas, de certa forma, depois de tantas copas já estamos acostumados com eliminações precoces.
O trabalho deverá “partir do zero” novamente.
Explico. A grande maioria dos jogadores não estarão na próxima copa, ou seja, o grupo será muito diferente (aliás, Tite perdeu a oportunidade para iniciar a renovação ao preterir alguns jogadores que estão muito bem em seus clubes e que serão nomes quase certos em 2022, como, Vinícius Junior, Arthur e Paquetá).
Treinamentos, amistosos, trabalho emocional e psicológico deverão ocorrer num grupo novo.
Outro fator tão ou mais importante é que as equipes adversárias serão outras. Os jogadores adversários serão outros. Não jogaremos contra uma mesma Bélgica. Não teremos uma segunda chance.
E parece-me que não é a nossa especialidade analisar adversários.
Copa do Mundo é vencer ou vencer.
E tem mais. A Copa também será em outro país. Outro clima, outro estádio, outra vivência.
Trata-se de tudo novo!!! Só o esporte é o mesmo!
Lembro-me do mestre Telê Santana, com a incomparável equipe de 1982. Seu trabalho assegurou-lhe a permanência para 1986, mas não assegurou o mesmo desempenho, tampouco o levantamento do caneco.
Lembro-me que Telê teve que retornar ao comando em 1985, após um trabalho sofrível de Evaristo Macedo nas eliminatórias.
Mas pelo menos Telê deixou um legado. E Tite?
Quantos Tolimas e Bélgicas teremos que engolir até que consigamos subir no degrau mais alto da gloria?
Copa do mundo é totalmente diferente das inúmeras disputas dos campeonatos de clube, muitas inclusive simultâneas, onde se vai do inferno ao céu entre dois domingos.
Mas na Copa não. Não permite uma segunda chance. Não há tempo pra hesitação.
Por isso tudo acredito que essa coisa de “continuidade no trabalho” não condiz com a realidade.
Numa segunda Copa, talvez possa-se aprender muita coisa, inclusive uma forma de chorar diferente.
Tristeza mesmo é analisar o treinador Tite como um profissional não excelente, mas o melhor que temos à mão.
Poderá ser campeão um dia e calar-me? Sim, é possível. Até torcerei para isso, embora com uma alma menos verde e amarela e já calejada por tantos desmandos e desorganização.
Só faz gol quem está lá.
(E só perde também).